Um belo conto de fadas, um grupo de heróis, um romance fofo, uma comédia extrapolada, inúmeros gêneros e subgêneros do cinema conseguem trazer sentimentos variados e te deixar satisfeito com o que foi assistido, mas a genialidade não está presente apenas em filmes alegres, da mais profunda loucura e tristeza sem fim, foram contadas histórias que mexem com nossa cabeça e nos deixa catatônicos com cada detalhe oculto no roteiro, alguns cults e outros não, hoje eles servem como pesquisa para desvendar a mente humana, mas que pessoas esquizofrênicas, depressivas e antissociais se identificam com cada diálogo ou atitude dos personagens presentes nesse tipo de filme.
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| Donnie Darko é colocado como um clássico dos cult confusos, mesmo já explicado, ainda deixa dúvidas na cabeça, a tentativa de tentar entendê-lo é tão grande que todas as referências presentes no filme são ignoradas. |
Por mais absurdo que possa parecer, filmes que tratam da psique humana são aclamado pelo público, um bom número deles se tornou cult e é citado de forma simbólica para explicar algum distúrbio mental, digo isso porque filmes como Uma Mente Brilhante impactaram a massa por sua leveza em fotografia e história redonda, mas que abraçou a todos com a ideia do protagonista ouvir vozes e ter um jeito mais antissocial, mas isso é água com açúcar para a vasta lista de filmes que citam problemas desse gênero. Pense que esquizofrenia é um distúrbio que afeta sua capacidade de pensar e sentir, te levando a mais profunda loucura, vindo disso, qual o limite para tamanha insanidade presente no indivíduo? Até que ponto ele pode chegar? Um exemplo? Norman Bates em Psicose sofria de transtorno dissociativo de identidade e transtorno de personalidade múltipla, pensando assim, pode ter servido de inspiração para o filme Clube da Luta, que nos agraciou com um dos melhores papéis de Brad Pitt, o grande Tyler Durden, tão fictício que está só na cabeça do protagonista. Dizer que esses filmes são favoritos de alguém porque o tal telespectador possa ter um problema destacado no filme é um tanto preconceituoso, mas que, em algum momento da vida, teve sua pitada de verdade, a maioria dos antissociais, os quais possuem uma aversão um tanto intensa quanto a pessoas próximas dele, se identificam muito com Donnie Darko, ou apenas se apegam a um personagem como o tio da menina Olive em Pequena Miss Sunshine, o tio Frank sofria de depressão e tentava cortar os pulsos, o mesmo precisou passar por uma clínica psiquiátrica, pois facilmente chora, têm insônia e baixa autoestima, em pleno 2019, onde a depressão se alastrou até para os mais novos, se identificar com personagens ou filmes que tratam do assunto não é nenhuma surpresa, aliás, em alguns casos, pode servir de aviso.
Tratar isso só como forma sombria é um tanto injusto, Uma Lição de Amor trata dois tipos de problemas diferentes e apresenta um final mais do que extraordinário, como diz o título do filme, uma lição de amor, a prova que um pai com retardo mental consegue fazer sua filha feliz com o vínculo amoroso familiar, isso é a prova para a vizinha Annie que sofre de agorafobia defender para que eles fiquem juntos, essa fobia trata-se de sentir medo de situações ou lugares em que a fuga seja difícil, o quão detalhista é esse filme, ver a filha Lucy superar a inteligência de seu pai com retardo mental é algo muito triste de se ver, e destrói suas esperanças de que ele possa manter a filha perto, tão lindo que te faz chorar. Uma pena que filmes com esses elementos são completamente ofuscados pelas grandes produções de fraquias cansativas, porém existe um filme que estreou ano passado que trás uma história interessante sobre esquizofrenia, e trata-se de um filme de anti-herói. Venom, filme que trás uma histórias dos quadrinhos solo do vilão onde o mesmo é um anti herói, mesmo se baseando nas histórias já escritas, o filme foi muito criticado pelos nerds, mas dividiu opiniões e conseguiu ser sucesso de bilheteria graças aos fracassos de Halloween e A Freira, contudo, onde está a esquizofrenia? No protagonista, mais precisamente no ator. Tom Hardy foi diagnosticado com esquizofrenia aos quinze anos, e o médico, com toda sua "sensibilidade", disse que ele era um pequeno psicótico, esquizofrênico com tendências psicopatas, isso fez ele correr atrás de uma escola de atuação, o que fez ele estar presente no ramo aé hoje, Venom é um personagem que causa um tipo de distúrbio esquizofrênico em quem ele se hospeda, e por ser de outro planeta, não possui um pingo de ética, viver com alguém dentro de sua cabeça, conversando com você como se estivesse do seu lado, ditando suas ações, mostra a perda de controle e a insanidade exarcebida que os usuários da simbiose geram em suas cabeças, e isso alastra para suas outras versões, o próprio Tom Hardy comentou sobre saber bem o que é ter alguém falando com você sem estar presente fisicamente, além de achar que têm múltiplas personalidades as quais trocam em sua cabeça de vez em quando, nada diagnosticado pela medicina hoje, mas que um dia já foi verdade, ou seja, Tom Hardy é um grande ator, mas ainda pode ter sua esquizofrenia presente em sua vasta mente.
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| A maioria dos filmes possuem 600 a 700 cortes, Réquiem para um sonho passou dos 2000 cortes. |
Diferente de síbolos como feminismo, luta contra racismo e até anti bullying são destaque nos filmes para passar uma mensagem importante para a sociedade, os transtornos psicológicos de personagens estão para o mesmo motivo, conseguem superar muitos grandes filmes só pela discussão filosófica sobre o assunto, a sanidade fora de seu controle e completamente livre a bel-prazer, demonstrada em tela de cinema e áudio de última qualidade, lindo e perturbador ao mesmo tempo, para os mais sensíveis a absorver tal profundiade, colocam esses filmes no topo da lista de favoritos, independente de um final feliz ou triste, dividindo em filmes pesados que afastam o público por ser confuso ou macabro, e filmes felizes que mostram que o amor e a amizade podem superar essas barreiras psicológicas, dessas duas lições de vida, uma se mostra ilusória, depende de você e sua massa cinzenta normal saber qual, porque para os amantes dos filmes esquizofrênicos, não há diferença, diria o escritor Tom Clancy: "A diferença entre ficção e realidade? È que a ficção têm que fazer sentido.
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