O ano é 2019, para aqueles que desconhecem a história dos cinemas, quatro histórias semelhantes já foram retratadas nas grandes telas neste mesmo ano citado, todas retratando o mais profundo caos e destruição que trouxeram uma nova e mais moderna civilização da raça humana, misturando muitos elementos cyberpunk e fazendo com que as pessoas sonhem em viver nessas realidades, mas todas acabam em uma grande decepção, vendo que a realidade não chegou aos pés do que é Akira, Blade Runner, A Estrada e Os Sobrevivente, essas quatro produções que se passam no ano de 2019 mostram o mundo futurista que todos sonham, mas poucos comprrendem sua realidade.
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| A maioria dos futuros distópicos da ficção nasceram de um apocalípse, em Akira, Tokyo foi devastada pela 3ª Guerra Mundial. |
De tudo que foi vivido em 2018, o ano de 2019 não deve ser algo tão diferente, porém é um tanto decepcionante os seres humanos não estarem vivendo pelo menos 1/4 do que já foi apresentado nos fictícios anos de 2019 já apresentados, material não falta para fazer comparações, a principal delas é o filme Blade Runner de 1982, a realidade é bem distinta do que é visto em tela, no mundo real, ainda se vive a ausência dos tão aguardados carros voadores e a inexistência de replicantes perfeitos caminhando pelas ruas, contudo algumas coisas já estão sendo vividas, como altos níveis de poluição, as cidades crescendo para cima ao invés de construirem novas estradas, viver na mais profunda tristeza e agonia, só faltou mostrar em Blade Runner como lidar com crises existenciais que envolvem uma vida completamente guiada pelas bolhas virtuais chamada redes sociais, sempre estar registrando momentos se tornou um hábito doentio, lembrando muito The Thruman Show, porém o filme The Running Man pode demostrar isso até melhor, vivendo um reality show onde prisioneiros correm por sua liberdade, porém o dono do programa não quer que eles escapem, pois a desgraça alheia se tornou a maior diversão do ser humano, pode-se espelhar no sorriso dos alienados que vibram por uma quase morte, por uma derrota de seu rival, seja ideologia política, times de futebol e até estúdios de HQs, apontar o dedo e ridicularizar consegue entreter mais do que as inúmeras séries dos serviços de streming.
O mundo está doente e nem um apocalípse como Akira e The Road aconteceu, ambos os filmes se passam em 2019 e sofreram com um fim do mundo o qual teve dois caminhos diferentes, em Akira se vê um mundo renascido dos escombros, acontecimento que moldou drasticamente a sociedade, colocando o pobre cada vez mais afundado na crise e o rico cada vez mais intocável, vivendo com o caos de uma civilização doente e problemática em viver em sociedade e questionar cegamente a política mundial, essa realidade já está sendo vivida, antes fosse trazer outra realidade de Akira, uma mutação a qual traz poderes psíquicos que podem sair do controle, do outro lado se têm um fim do mundo que ainda precisa ser reconstruido, The Road apresenta um mundo destruído e largado onde os seres humanos sobreviventes sucumbiram e se tornaram selvagens, outros escravizam os mais fracos, porém o foco que roda a trama se mostra simples e de certa forma chocante, manter o conceito de civilização vivo, se olhar para a janela ou assistir televisão, verá que não é necessário ter um fim do mundo para as pessoas esquecerem o que é civilização ou sociedade.
Pode parecer ilusório, maluquice, mas é mais real e assustador do que pensa, a distopia já está sendo vivida de certa forma, classes sociais cada vez mais estagnadas, onde crescer começa a ser bloqueado pelas limitações que são impostas na sociedade, a depressão se tornado uma das doenças mais perigosas do planeta Terra, Elon Musk prometendo tudo o que ele já deve ter visto em cultura cyberpunk, e com a quantidade de dinheiro dele, tudo se torna teoricamente possível, líderes políticos começando uma terceira guerra mundial, pode parecer bsterira, mas dois líderes políticos conversando no Twitter que ao apertar um botão, mísseis podem ser lançados um contra o outro, a cada ano que passa, a vida se torna um teste para a sanidade mental, e cada vez mais pessoas estão sucumbindo. Blade Runner, Akira, The Road e The Running Man pode parecer apenas uma história qualquer de mundos pós apocalípticos vividos em 2019, porém essas ficções podem ser espelhadas no mundo real, de tantos filmes, livros, animes e séries já feitos, muitos gostariam de viver essa realidade, pensar em Althered Carbon, Ghost in the Shell e até Cyberpunk 2077 faz trazer um sentimento de desejo e satisfação por um munto futurista, mas deve-se parar um pouco e olhar em volta, pensar que as redes sociais não passam de bolhas que se usa para fugir do mundo real, apenas prova que está trocando uma toxicidade por algo mais tóxico ainda, os sonhos e as esperanças morrendo a cada dia e provando que o ser humano consegue viver cava vez mais com menos, tudo o que resta a fazer é pegar frase de Rick Sanchez e fazer dela um lema de vida: Don't Think About It.
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| Se a vida é um ciclo, a involução se mostra tão real quanto a evolução, e se o futuro fosse o regresso da sociedade para tempos tribais? Essa é a realidade do game Horizon Zero Dawn |
O planeta Terra não passou por um apocalípse para a raça humana recomeçar sua civilização, não evoluiu os conceitos tecnológicos a ponto de muitas doenças já serem curadas, controles de games aos poucos sendo substituídos por realidades virtuais, marcas de tecnologia lançando um aparelho celular igual ao modelo antigo e o Big Brother que algumas pessoas fazem em suas redes sociais marcam o que o pontapé inicial da distopia que todos querem mas poucos conseguirão viver, o patch 2019 já foi instalado e a Matrix reiniciou, a bolha social que cada um vive será atualizada com mais fake news e supérfluos para colocar um sorriso mascarado, fazendo você esquecer da realidade nua crua que sobrevive, te deixando apenas lembranças, essas que um dia se apagarão com o tempo, como lágrimas na chuva.
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