Cyberpunk: A distopia dos sonhos

O ano é 2018, o mundo passa por mudanças radicais a cada tempo, antigos discursos de ódio voltam a tona em tempos de eleição e velhos tempos obscuros podem voltar em terras brasileiras, enquanto isso vivemos uma guerra virtual de memes, ofensas e opiniões conturbadas, para aqueles que não sabem, isso é quase uma introdução para um filme cyberpunk, é o início para a distopia total, apesar de já estarmos vivendo uma, crises espalhadas em várias partes do mundo só confirmam o início de um filme futurista desse tipo, parece loucura, mas já é realidade.

A cópia de serviço, versão da prévia em San Diego, versão de cinema nos EUA, versão de cinema internacional, versão para transmissão nos EUA, versão do diretor e o corte final são todas as versões existentes do filme Blade Runner - O Caçador de Andróides

Para quem não conhece o termo, cyberpunk é a mistura de elementos de alta tecnologia com baixa qualidade de vida, uma mistura da palavra "cibernética" com "punk", visto muito em filmes como Blade Runner, Matrix, Robocop e entre outros. Trazer esse tema para o mundo real não pode ser mais considerado um absurdo, claro que não temos replicantes caminhando entre nós (ainda), mas sobre ter uma vida simulada, basta prestar atenção quantas pessoas constroem seus perfis em redes sociais, se passando por uma pessoa completamente diferente do que ela é na vida real, isso que se comparar, a vida imersiva em redes sociais se torna mais interessante do que uma rotina banal de trabalhar, socializar e pagar contas, a busca por entretenimento e prazer está se limtando a uma tela de celular. O mundo dos games têm explorado bastante o mundo cyberpunk, parecido com os filmes, tudo vêem de um mundo pós apocalíptico, a cada dia vemos sinais de um fim do mundo, mesmo ele nunca acontecendo, o bug do milênio foi interpretado assim, por um erro de programação, todos os computadores viraram o ano de 1999 para 1900, a partir dalí, a informática passou por uma mudança extrema, onde seguiu uma escalada para ser o que é hoje, mas na época, o povo não sabia do que se tratava, e causou um pânico geral, interpretando com o fim do mundo.

Existe aquela parcela da população que defende um mundo cyberpunk, alguns acreditam que é uma melhora comparado a hoje, outros pelo visual que ficaria a cidade, as roupas e utensílios em geral, seja armamento, veículos e até uma simples geladeira, contudo o povo de classe baixa vive oprimido e afundado na miséria com situações precárias de sobrevivência, ou seja, se parar para pensar, não precisamos de uma Delta City para enxergar que esse mundo já existe, só que menos cibernético. Se um dia acontecer do universo cyperpunk ser realidade no mundo real, teríamos policiais como um Robocop, ou Juiz Dredd, talvez até uma Major de Ghost in the Shell, se vender para o governo para se tornar uma arma meio humana meio máquina, parece maravilhoso, utópico para alguns, mas esquecem que cyberpunk é distopia, o oposto de utopia, é o paraíso de forma conturbada, acredito que ninguém gostaria de viver a base de proteína como em Blade Runner, viver uma realidade virtual como em Matrix, saber que o mundo foi dominado pelas máquinas, teoria que ganha força a cada problema em fábricas japonesas, com todos os dados pessoais cadastrados na internet, a evolução do hacker é uma questão de tempo, se jogar na balança, um futuro distópico pode dar certo para aqueles que podem viver em alta classe, porque os que já lutam para sobreviver, seria uma situação duas vezes mais difícil no dia a dia.

Ghost in the Shell serviu de inspiração para o filme Matrix, os fãs em geral perguntam, porque o live-action de Ghost in the Shel não se inspirou no próprio Matrix

Enquato o mundo não se torna uma distopia cinematográfica, podemos continuar namorando tudo o que é lançado sobre esse gênero em games, livros, séries e filmes, assistir Star Wars com veículos e armas futuristas, entender a filosofia de Blade Runner onde os replicantes caminham sobre a terra e até o ciclo de Major ser propriedade do governo e ser usada como arma em Ghost in the Shell, tudo isso bate a ansiedade de querer um mundo assim, junto com o medo de toda a falta de segurança e o fim de tudo que nós conhecemos hoje, sem o verde das árvores e o ar puro, apenas uma imensidão cinza e suja das cidades baixas, sempre oprimidos por máquinas carregadas de armamento pesado e assistindo os mais afortunados ficando cada vez mais ricos, se o presente já é isso, acredita mesmo que o futuro será diferente?