Dissecando um vilão

No dia a dia dos personagens fictícios vividos em seus roteiros das maiores obras primas do cinema, um ícone muitas vezes rouba a cena de protagonistas e heróis, não só assustando mas cativando o público, aquela figura sombria e nefasta que todos conhecem como vilão. Esse simbolo é muitas vezes mais esperado do que o salvador da pátria que intitula o filme, diferenciados entre carisma e crueldade, ainda sim o vilão atinge o emocional e o psicológico de quem está assistindo, diante a tantos filmes de terror, heróis ou fora desses gêneros, a expectativa de ter um vilão à altura do herói ou superpoderoso demais causa o choque em todos, inclusive àqueles que estão envolvidos na produção do filme, vide o Coringa de Heath Ledger, que chegava a assustar no set de filmagens.

Darth Vader é o maior vilão do cinema de todos os tempos, apesar de questionado por alguns, o símbolo que ele se tornou na franquia Star Wars e no mundo, não é só amada como copiada por todos, além de ser comparado a qualquer vilão que aparece no cinema, isso é o que o faz o maior vilão já feito

O vilão pode ter muitas personalidades, normalmente eles são psicopatas, Hannibal Lecter é o melhor exemplo dele, com uma infância um tanto traumática fugindo da Segunda Guerra e tendo o seu pai morto por uma briga de bar, ele começou a cometer seus primeiros assassinatos por vingança, e essa aura permaneceu mesmo quando ele trabalha para o FBI, esse estilo de vida gore passa a ser algo rotineiro para o personagem e se torna um tanto curioso e ao mesmo tempo assustador. Contudo há outra personalidade que gera confusão para muitos, o sociopata têm algumas semelhanças com o psicopata, o que difere é que ele é movido emocionalmente e são imprudentes ao se envolver em crimes, apesar de não ter um grande sociopata do cinema, o filme O Abutre pode ser citado com a melhor imagem de sociopatia, um indivíduo antissocial, sem amarras morais que consegue apresentar suas tendências criminais, Louis Bloom, papel de Jake Gyllenhaal, é mais uma pessoa comum, rega suas plantas e assiste televisão, trazendo uma arrogância que é muito vista na sociedade, mostra a frieza de um jornal sensacionalista para mostrar aquele corpo ensanguentado estirado na estrada, porque a massa não gosta de ver tais cenas, mas querem ver essa imagem, esse tipo de mídia é visto em muitos telejornais do mundo, e esse filme passa exatamente esse sentimento, o sociopata é o caso mais comum presente na sociedade, talvez até na porta ao lado.

Algo que marca em um bom vilão é o momento de fraqueza, a hora em que ele sofre as consequências e é visto do que ele é capaz para alcançar seus objetivos, o mais recente foi Thanos em Vingadores: Guerra Infinita que matou sua filha adotiva Gamora para conseguir a joia da alma, nessa cena se viu um momento de tristeza, onde o vilão mais temido do universo Marvel derrama uma lágrima diante a escolha que ele teve e isso é um ponto que mais cativa em qualquer vilão, principalmente no mundo dos quadrinhos, humanizar essa figura vil que teme a todos é o que mais aproxima das pessoas normais, mesmo que alguns tragam esse sentimento falso e cínico como Scar em O Rei Leão, enganou a todos para conseguir o trono, ainda dentro da Disney temos a Rainha Má de a A Branca de Neve e os Sete Anões, ela tinha uma obsessão por ser a mulher mais bela de todas, e com isso fez de tudo para matar Branca de Neve, até sucumbir e se tornar uma bruxa feia e horrenda, abandonou seu posto de linda e aclamada para assustadora e caída, porém existe uma teoria confirmada pela própria Disney sobre o fim trágico da vilã, após o final da animação, uma continuação foi escrita, a Branca de Neve recebe de presente aquele espelho mágico que todos conhecem do filme, mas dessa vez quem está presa nesse espelho é a Rainha Má arrependida pelo que fez, e volta chamar  Branca de Neve de passarinho, apelido dado quando a princesa era criança e a Rainha Má ainda gostava dela, uma real prova de surto por vaidade.

Lord Voldemort assusta por seu lado cruel e atos passados que chocaram o mundo dos bruxos, mas quando foi apresentado em tela, pareceu ser alguém de uma índole bem serena e tranquila, não parecia condir com os contos do vilão, isso o faz um personagem mais do que genial

Arrogantes, carismáticos, violentos ou cruéis, o mundo vilanesco é tão explorado e amado pelos fãs de cinema, nerds e outros, que documentários, estudos e livros já forma feitos para explicar essa bagunça que são a mente brilhante deles, mesmo depois de tantos já criados no mundo dos cinemas, ainda sim surgem novos que continuam a assustar e ainda sim cativar, de poucos amedrontadores como It, talvez sinistros como Venom, mas simplistas como Coringa ou um gênio mal interpretado como Jigsaw, faz com que os admiradores dos vilões tenham várias opções de escolha e elejam um como favorito, e a melhor parte de todo o universo maligno dos vilões é que tudo funciona a base da loucura, e como diria o Coringa, a loucura é como a gravidade, basta um empurrão para virar realidade.