Na vida você escolhe seguir um caminho, e acaba não encontrando o que quer, encontra algo melhor, ao invés de conseguir o incrível, você alcança o extraordinário, não é uma regra absoluta, mas ao acontecer, fica-se imóvel com o ocorrido, será que isso passou pela cabeça de Andy Serkis? Ele é muito bom ator, talvez não seja aquele ator marcante na mente de todos, principalmente porque ele é lembrado pelos filmes onde seu personagem não se trata dele fisicamente a frente da câmera, mas com o personagem feito em computação gráfica, unindo a sétima e a décima primeira arte de forma brilhante a ponto de ser injustiça um talento desse não possui uma premiação nos cinemas nem que seja uma honorária.
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Andy Serkis |
A era digital apareceu entre 1950 e 1970, com o tempo o ser humano aprendeu a fazer uso e aperfeiçoa-la, e claro os artistas também começaram a inovar em suas criações, e apareceram televisões, computadores pessoais, e assim muito mais com o passar dos anos, até alcançar nosso atual nível tecnologico, o qual nunca para, pois sempre aparecem novas ideias que leva a evoluir cada vez mais nessa área. Logicamente que a tecnologia chegou ao cinema, trazendo o famoso e polêmico CGI, muitos filmes foram um fracasso por causa do mal uso dessa ferramenta, mas quando acertado, leva o extraordinário para as telonas e muitas vezes a certeza de sucesso, claro, se roteiro, atuações e muitos outros fatores serem feitos corretamente, senão vira um jogo de imagens lindas e perfeitas jogadas em sequência aleatória.
Com Andy Serkis isso chegou a um ponto onde CGI começou a ser levado mais a sério, muitos "críticos" acham um filme ruim só porque o CGI era mal feito, mas até aí há filmes ruins escondidos em bons CGIs. Porém o ator britânico provou a evolução onde essa arte pode chegar, os movimentos corporais e faciais necessários para trazer o máximo de realismo para o personagem é simplesmente genial, como visto o Gollum em Senhor dos Anéis, Caesar em Planeta dos Macacos, Snoke em Star Wars e até em King Kong onde ele é o próprio King Kong. Isso gera uma dúvida, o modo como Andy Serkis atua em seus personagens computadorizados, já devia ter ganhado algum prêmio, e infelizmente ele não foi muito indicado com esses filmes, mesmo que para alguns, a arte da interpretação ainda está em scripts e atores frente as câmeras, esses personagens também precisam de preparação e interpretação por parte dos atores envolvidos, uma interpretação corporal é tão complicada fazer como um papel do protagonista ou personagem secundário de forma convencional.
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Andy Serkis interpretando Snoke em Star Wars - O Despertar da Força |
Como dito, estamos sempre passando por mudanças, e na era moderna onde a tecnologia prevalece, essas mudanças ocorrem cada vez mais rápido, o próprio ator disse que muitos outros atores já estão seguindo esse caminho da atuação por CGI, mesmo assim a academia não vê isso como atuação para ter uma chance de indicação, não para melhor filme ou efeitos visuais, mas sim para melhor ator ou atriz, é uma tradição que devia ser quebrada diante a evolução do cinema, principalmente pelo fato de muitas vezes um filme ser regularmente só por causa de grandes efeitos visuais, ou o contrário, o filme ser excelente porém os efeitos visuais são fracos, se isso já é argumento para "críticos", porque não ter indicações individuais para esses papéis? O CGI não é o filme, ele faz parte do filme, atuação corporal também é atuação, deveria ser avaliado da mesma forma que o convencional.
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