Carol se espelhando em Diana

No último dia 7 de março, estreou mais um filme da Marvel no Brasil, todos os anos sempre a expectativa fica nas alturas, porém dessa vez o filme é mais esperado do que o normal, pois temos uma mulher como protagonista, Capitã Marvel foi apresentada ao MCU, porém de forma omissa, não se viu um filme épico, aliás o nível desse filme foi bem fraco em relação aos últimos dez anos de Marvel nos cinemas, porém deve-se destacar uma curiosidade sobre Capitã Marvel, além da protagonista, temos praticamente o mesmo filme que foi lançado em 2017 por outra heroína dos quadrinhos, só que do lado azul e branco dos HQs.

Um sonho utópico: Já pensou um crossover de Capitã Marvel e Mulher Maravilha lutando juntas?

Brie Larson e Gal Gadot não eram conhecidas pelo público em geral, apesar delas já terem mostrado seu talento em alguns filmes, todos lembram de Gal Gadot na franquia Fast and Furious, onde todos ficaram impressionados com sua beleza, mas também agraciados com seu carisma, mas antes fosse dizer que ela é só um rostinho bonito, a mesma possui uma filmogria com alguns filmes de comédia romântica e de ação, além de ter sido Miss Israel com dezoito anos, o filme WiFi Ralph foi vendido não só por ser da Disney, mas por ter a atriz dublando uma personagem, a imagem de Gal Gadot foi usado para isso, mais um papel de mulher forte na trama, já não podemos cham-la de desconhecida. O mesmo vale para Brie Larson, porém já teve mais trabalhos que a Gal Gadot, a atriz norte americana está nas telas de cinema desde 1999, com destaque a duas produções, um filme chamado Short Term de 2013 que lhe rendeu indicações e prêmios de melhor atriz principal, e outro chamado Room, filme de 2015 que trouxe praticamente o dobro indicações e o triplo de prêmios para Brie Larson, inclusive o Oscar de melhor atriz,ela foi a papa prêmio de 2015, ambas as atrizes já estão provando que não são só as heroínas amadas de hoje em dia, enquanto uma já pode ser chamada de atriz de alto escalão, a outra é considerada a atriz favorita de muitos, cada uma impactando o público de uma maneira diferente.

Em 2019 temos a Capitã Marvel, que se mostrou um tanto sem sal para um filme da Marvel, pensando nos últimos dez anos, termos um filme fraco da Marvel chega impressionar, porém dois anos atrás tivemos o mesmo padrão de filme, porém da DC Comics, que foi o contrário, a DC vinha decepcionando, eis que veio Mulher Maravilha e fomos presentiados com um filme sensacional, dentro do estilo sombrio que DC é conhecida, e hoje colocando os dois filmes lado a lado, lógico com alguns pontos diferentes, temos o mesmo tipo de filme, não por ser a velha jornada do herói que é contada em quase todos os filmes de Hollywood, mas a linha de história é igual. Em Capitã Marvel, Carol Danvers cai no planeta Terra e percebe que ela tem uma certa relação com aquele planeta a qual ela busca descobrir, em Mulher Maravilha, a princesa Diana vai ao mundo dos homens para derrotar Ares e acabar com a guerra que lá estava ocorrendo, porém se depara com um ambiente completamente diferente e fica perdida, tentando entender os costumes daquele mundo, principalmente o do porquê da mulher submissa. Em ambos os filmes as protagonisas se mostram grandiosas e simbólicas para as mulheres presente na trama, o que não deveria ser diferente, aliás estamos falando de dois gigantes símbolos feministas na cultura pop, senão se mostrassem emponderadas, estaria tudo errado. Ainda ligando os dois filmes, ambos se passam em décadas passadas, logicamente para apresentar a personagem para seus respectivos universos cinematográficos, eles também possuem plots chocantes, mas que funcionaram de forma diferente, no filme da DC, o cara bonzinho se mostra ser o tão temido Ares, chocando até a própria princesa Diana, enquanto no filme da Marvel, os malvados Skrulls se mostram ser bonzinhos, e na verdade estão tentando parar os Krees em uma guerra galática a qual acontece no planeta Terra, mas afinal onde está a diferença? O plot de Mulher Maravilha funciona de forma simples e objetiva, impactando o público de forma positiva, enquanto o plot de Capitã Marvel coloca uma estranheza um tanto questionada, e uma irritação para os engajados nos quadrinhos, os Skrulls sempre foram mals e tentavam dominar a Terra, mesmo objetivo dos Krees, ao invés de se juntarem, preferiram guerrear pelo planeta, aliás os Skrulls são vilões presentes em histórias do Quarteto Fantástico, o qual poderia até teorizar os mesmos sendo amarrados no MCU em um futuro distante, se nesse universo os Skrulls são bonzinhos, perderam a chance de, quem sabe, fazer uma bela costura para acrescentar o Quarteto Fantástico no universo, porém isso não é o ruim do filme da Capitã Marvel.

Os filmes são tão iguais que até a primeira aparição de ambas surgiram em filmes ruins, Capitã Marvel em seu filme solo e Mulher Maravilha em Batman vs Superman

A semelhança foi além de uma protagonista mulher, foi de roteiro, trabalhar os mesmo elementos, com os mesmos problemas e solucionados da mesma foram, colocando ambos os filmes como iguais, isso não é exagero, o filme da Capitã Marvel estava tão arrastado e chato que comecei a ligar os filmes automaticamente, voltando para casa, coloquei Mulher Maravilha para assistir e me deparei com uma explosão de cabeça a ponto de colar o cérebro no teto, os filmes são exatamente iguais, sendo assim, como aconteceu de  Capitã Marvel não me agradar, sendo que gostei da Brie Larson no protagonismo? Talvez o problema não esteja em frente as câmeras. Temos aqui algo que, para mim, é tão importante quanto protagonistas mulheres, são diretoras por trás dos filmes, Patty Jenkins já possui costas largas em Hollywood, apenas três filmes, mas já dirigiu algumas coisas para a televisão, e no cinema ela possui dois sucessos de bilheteria, Monstro: O Desejo Assassino e o próprio Mulher Maravilha, já a diretora Anna Bolden têm mais produções para os cinemas, mas nada comparado ao impacto que Patty Jenkins causou no mundo, Anna Bolden têm produções bem sucedidas, citando aqui Se Enlouquecer, Não se Apaixone, um filme romântico adolescente que foge dos padrões conhecidos, um filme mais forte quanto a relações amorosas, que fez muitos sensíveis chorar, mas ao ter a missão de fazer um filme de herói, acabou não alcançando um bom resultado, não acho Anna Bolden uma diretora ruim, acho apenas que ela não estava preparada para um filme desse porte, como J.K. Howling se aventurando como roterista. Veja bem, entregar um filme igual, não faz dele uma cópia, porque a fórmula da jornada do herói têm sido a única usada para filmes de grandes bilheterias, também não faz dele o pior de todos, porém Mulher Maravilha se mostra um filme muito mais divertido e fantástico em ação do que Capitã Marvel, se vê nítidadmente um problema de direção, alívios cômicos fora do lugar que poderiam salvar as barrigas do roteiro e uma trama arrastada que incomoda demais aqueles que foram ver um filme de ação, por mais que exista essa lentidão, as cenas de ação e o plot deveriam ofuscar esse problema, apesar de lutas legais, o plot enfraquece demais o roteiro e somos apresentados a um filme bem mediano na sua apresentação e que só serviu para preparar o MCU para Vingadores: Ultimato, sendo que esse era o objetivo de Vingadores: Guerra Infinita, no fim, Capitã Marvel foi apresentada como mais uma heroína ao invés de impactar e ficar empolgado com a luta final que terá sua estréia no final de Abril.

"Parabéns a equipe de Capitã Marvel! Mal posso esperar para assistir e toda nossa equipe de MM lhe desejam um ótimo fim de semana. Amei essa arte belíssima de @SamoanJYandall" Tweet da diretora Patty Jenkins desejando boa sorte para a equipe do filme da Marvel

Uma pena esse filme ter sido tão fraco, mas isso é uma opinião, como Venom, Capitã Marvel será um sucesso de bilheteria, e mais, do mesmo jeito que Mulher Maravilha, Capitã Marvel está aí para trazer uma mulher forte e independente para todos os que assitirem, sendo o novo símbolo feminista ao lado de Mulher Maravilha, se houve alguém incomodado com isso, azar o seu, única reclamação aqui é a história chata do filme da Marvel, o emponderamento feminino está presente, Brie Larson e Gal Gadot estão em Hollywood ao lado de muitas outras mulheres que inspiram a todas no mundo, o dia da mulher é todo dia, mas hoje que é o Dia Internacional da Mulher, nada melhor do que fazer as mulheres se encherem de orgulho ao ver Carol Davens caindo para porrada ao estilo princesa Diana de ser, diferentes em questões de qualidade, porém iguais em história, em símbolo e principalmente em orgulho, o girl power colocando respeito como deve ser.