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Destaques

Selo HBO de Qualidade

Home Box Office, ou popularmente chamada de HBO, é um canal da TV fechada que popularizou de forma maçante graças ao seu toque de Midas para produzir séries, isso junto ao seu serviço HBO GO, entre milhares de séries lançadas em vários serviços de streaming, a HBO consegue almejar um público maior por sua diversidade de gênero e sair do seu próprio padrão quando necessário, famosa por histórias bem contadas e produções bem feitas, HBO saiu da prateleira onde se encontra Netflix, Amazon Prime e outras que vão surgir e se tornou simbolicamente um padrão de série, um rótulo, um selo de qualidade que dificilmente outros conseguirão alcançar. A HBO é conhecida por ser uma pioneira das mídias televisivas, não só foi a primeira a fazer uma transmissão via satélite, como também foi a primeira a ter canais múltiplos, programas gravados em 4K e roteiros bem mais inteligentes que abrangem vários gostos Falar isso já causa orticária em alguns porque todos vão lembra do fatídico final de G

O desrespeito por Shun de Andrômeda

Os Cavaleiros do Zodíaco teve sua primeira exibição em 1986, uma franquia que conquista a novos fãs até hoje, e afasta alguns por sua modernidade, mesmo assim, tanto o anime quanto o mangá têm seu ciclo que marcou cada geração, em dezembro de 2018, a Netflix finalmente revela o trailer de sua adaptação do anime, e de tantos pontos questionáveis, um levantou uma grande discussão na internet, onde existe uma minoria defensora dessa mudança, outros acharam válido e argumentaram de forma homofóbica, mas a maioria possui uma visão conservadora por causa do que é o personagem na antiga e até na nova franquia, Shun será uma mulher no novo Cavaleiros do Zodíaco, essa mudança é para explicar sua afeminação ou farão dele uma trans? E mais importante, era necessário?

Existe uma lista dos cavaleiros mais fortes no anime, a lista coloca  Ikki de Fênix e sua imortalidade em primeiro e o protagonista Seiya de Pégasus em segundo, o terceiro lugar é de Shun de Andrômeda, onde para muitos, é na verdade o cavaleiro mais forte de todos.

Antes de mais nada lembrar um pequeno detalhe que poucos lembram, a armadura de Andrômeda têm traços femininos, tanto quando ela toma a forma de Andrômeda na saga de Santuário, as correntes destacam os peitos na armadura, ou seja, o preconceito iria dominar e qualquer um que usasse essa armadura ia ser rotulado de gay ou "mulherzinha" de forma pejorativa,  esse pensamento existiria principalmente porque o anime popularizou na década de noventa.  Só de falar da armadura, traz uma discussão que hoje é de grande importância, para os desinformados, um homem afeminado na sociedade não faz dele um homossexual, do mesmo jeito que uma mulher masculinizada não a faz lésbica, mas na geração oito ou oitenta, não existe meio termo, os argumentos cegos e ignorantes reinam perante a sociedade corrompida, e faz pensar com que o certo seja o errado, porém, Shun se tornou um símbolo para muitas pessoas, ele é querido por todos os gêneros que cresceram assistindo o anime na TV aberta, mais precisamente na falida TV Manchete, sua personalidade ser afeminada ou a maneira como ele salva Hyoga na casa de libra são questionadas por causa da década machista a qual o anime popularizou, hoje em dia se vê que mudar seu gênero é tentar trazer uma representividade de forma forçada, sendo que ele já representava um tipo de pessoa o qual também pode ser chamado de minoria.

Único argumento válido dessa mudança, é o fato de que Andrômeda deveria ser representado por uma mulher desde o início, é o correto se levar a verdadeira origem de Andrômeda na mitologia grega, antiga princesa da Etiópia que foi sacrificada para um monstro marinho, salva por Perseu, o qual se tornou seu marido, inclusive essa é a única cena boa no filme Fúria de Titãs. As pessoas discutem o gênero de Shun, mas na verdade há um outro personagem que deveria ser discutido, na realidade o afeminado da história deveria ser Ikki de Fênix, levando um pouco em consideração o que o mangá mostra, Ikki é muito mais afeminado que Shun, não em jeito, mas personalidade, não esquecendo que Ikki e Shun deveriam ter as armarduras invertidas, se Ikki não tivesse ido no lugar do irmão para conseguir a armadura de Fênix, o anime teria Shun de Fênix e Ikki de Andrômeda, ou seja, o tão idolatrado Ikki de Fênix deveria ser o homem afeminado no anime, e seria rotulado de "mulherzinha" como muitos fazem com Shun. O roterista Eugene Son, explicou sobre a mudança de gênero deo cavaleiro de Andrômeda, seu argumento se baseia nos protagonistas serem todos homens, e no próprio anime existir muitas mulheres que poderiam ser mais exploradas, no caso pode-se citar as mulheres adicionadas nas franquias modernas, provam do poder de uma mulher nesse anime, mas referindo a antiga franquia,  o roterista não gostaria de criar uma nova personagem, e ainda afirma que Os Cavaleiros do Zodíaco possui mulheres fortes, então porque não cria uma nova história e tranforma em protagonista uma personagem já exisente como Shaina de Ofiúco, Marin de Águia e até June de Camaleão que deveria estar junto com os cavaleiros de bronze, a própria Atena poderia vestir a armadura em um novo arco, como já foi feito, ou como alguns fãs já desenharam, trazer Hilda, da saga de Odin, vestindo a armadura do deus nórdico, esse argumento só provou que Eugene Son não têm o profundo respeito pelo anime e só se baseia no tão idolatrado algorítimo da Netflix.

O anime foi extremamente modificado se for comparado ao anime, Shun foi o mais modificado, seu cabelo era castanho e no tão polêmico episódio, Shun apenas levanta o corpo de Hyoga sem malícia nenhuma.

Vivemos em tempos modernos onde muitas coisas de décadas passadas seriam ofensivas hoje em dia, como o novo desenho do Popeye, quem lembra sabe o quão errado era, hoje eles mudaram e temos um marinheiro com um apito ao invés de cachimbo, essa mudança foi desnecessária, porém outras foram benéficas, como fazer uma adaptação do desenho Sheera muito menos sexista, que muitos aceitaram, mas uma pesquisa informou que os maiores críticos da nova Sheera são homens acima dos trinta anos, não há problema nenhum em trazer novas adaptações de antigos desenhos e filmes, mas saiba mudar algo que seria aceitável e seria uma surpresa positiva para o público, e não trazer uma representividade forçada, sendo que o Shun em si já é uma representividade, o público sabe da escassez de novas ideias e entende a onda agressiva de reboots e remakes para ganhar dinheiro, mas se for para trazer de volta algo que marcou gerações, faça direito, saiba mexer, ou simplesmente não mexa, o certo mesmo é deixar onde estar e botar a cabeça para funcionar e trazer novas ideias.

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